Em que situação económica, social e política se encontrava o nosso país, nos finais do Século XIX, princípios do Século XX ? Como irás verificar, a situação era de uma enorme gravidade , o que causava um enorme desconforto em vários grupos sociais .
A CRISE ECONÓMICA
AGRICULTURA :
Repara nestas duas gravuras:
Estas fotos dão-te uma ideia do estado da agricultura em Portugal por volta dos finais do século XIX, princípios do XX.
Embora Portugal fosse um país predominantemente agrícola, a nossa agricultura, como podes verificar, era muito pobre, devido ao regime de propriedade, a métodos e técnicas agrícolas muito atrasadas, com uma fraca mecanização e, como tal, produzia-se pouco e quase só para consumo interno.
INDÚSTRIA
A industrialização já tinha dado os seus primeiros passos, mas só em alguns sectores e concentradas nas grandes cidades, principalmente Porto e Lisboa. Era uma indústria com pouca maquinaria e ainda sem grande organização do trabalho, por isso pouco competitiva.
(observa as gravuras)
COMÉRCIO e FINANÇAS
Olha e analisa este gráfico sobre a balança comercial portuguesa
Claro que com uma agricultura pobre e uma indústria pouco desenvolvida a nossa actividade comercial, só podia ser fraca. Tínhamos uma balança comercial deficitária, com peso excessivo das importações em relação às exportações, ou seja, comprávamos muitos produtos agrícolas e industriais ao estrangeiro e o que vendíamos, não equilibrava essas compras.
A nível financeiro, tínhamos dívidas a vários países estrangeiros, muitas delas ainda do tempo do desenvolvimento das vias de comunicação-FONTISMO ( Fontes Pereira de Melo).
Os impostos subiam, a inflação ( diferença entre preços e salários) era cada vez maior, a moeda desvalorizava, as falências sucediam-se.
OS PROBLEMAS SOCIAIS
A Classe média, constituída pela pequena e média burguesia, estava muito descontente, pois estava a perder poder de compra, a sofrer os aumentos de impostos, e queria participar no governo e nas decisões políticas.
O Operariado queria melhorar as suas condições de vida, pois recebia baixos salários, trabalhava 12 a 14 horas por dia, e com a crise, ameaçados de desemprego.
O País tinha também graves problemas pois existia um elevado grau de analfabetismo, e a Igreja tinha muita influência na sociedade e no Estado.
Um Bairro Operário em Lisboa
A CRISE ECONÓMICA
AGRICULTURA :
Repara nestas duas gravuras:
Estas fotos dão-te uma ideia do estado da agricultura em Portugal por volta dos finais do século XIX, princípios do XX.
Embora Portugal fosse um país predominantemente agrícola, a nossa agricultura, como podes verificar, era muito pobre, devido ao regime de propriedade, a métodos e técnicas agrícolas muito atrasadas, com uma fraca mecanização e, como tal, produzia-se pouco e quase só para consumo interno.
INDÚSTRIA
A industrialização já tinha dado os seus primeiros passos, mas só em alguns sectores e concentradas nas grandes cidades, principalmente Porto e Lisboa. Era uma indústria com pouca maquinaria e ainda sem grande organização do trabalho, por isso pouco competitiva.
(observa as gravuras)
COMÉRCIO e FINANÇAS
Olha e analisa este gráfico sobre a balança comercial portuguesa
Claro que com uma agricultura pobre e uma indústria pouco desenvolvida a nossa actividade comercial, só podia ser fraca. Tínhamos uma balança comercial deficitária, com peso excessivo das importações em relação às exportações, ou seja, comprávamos muitos produtos agrícolas e industriais ao estrangeiro e o que vendíamos, não equilibrava essas compras.
A nível financeiro, tínhamos dívidas a vários países estrangeiros, muitas delas ainda do tempo do desenvolvimento das vias de comunicação-FONTISMO ( Fontes Pereira de Melo).
Os impostos subiam, a inflação ( diferença entre preços e salários) era cada vez maior, a moeda desvalorizava, as falências sucediam-se.
OS PROBLEMAS SOCIAIS
A Classe média, constituída pela pequena e média burguesia, estava muito descontente, pois estava a perder poder de compra, a sofrer os aumentos de impostos, e queria participar no governo e nas decisões políticas.
O Operariado queria melhorar as suas condições de vida, pois recebia baixos salários, trabalhava 12 a 14 horas por dia, e com a crise, ameaçados de desemprego.
O País tinha também graves problemas pois existia um elevado grau de analfabetismo, e a Igreja tinha muita influência na sociedade e no Estado.
Um Bairro Operário em Lisboa
A SITUAÇÃO POLÍTICA
A- O DESPRESTÍGIO (DESCRÉDITO) da Monarquia
O Rei e a Casa Real, não gozavam de uma boa imagem, quer devido a causas externas, quer devido a erros próprios. Assim:
(Caricatura de Rafael Bordalo Pinheiro sobre o Ultimato)
( Revolta de 31 de Janeiro de 1891-Porto-tropas municipais fiéis ao Rei bombardeiam os revoltosos na Câmara Municipal)
(João Franco)
B - A SITUAÇÃO POLÍTICA
Observa esta caricatura e Lê este documento. Ambos te dão uma ideia da situação de instabilidade política que se vivia em Portugal nos últimos anos da Monarquia.
Símbolo da Carbonária
Símbolo da Maçonaria
Toda esta situação, este clima de instabilidade e descontentamento vai levar a que no dia 1 de Fevereiro de 1908, o Rei D. CARLOS e o Príncipe herdeiro D. Luís Filipe fossem assassinados no Terreiro do Paço. foi o REGICÍDIO
(Gravuras do Regicídio)
Já agora podes ver o seguinte filme do Youtube
ou este:
O trono é ocupado por D. MANUEL II que demite João Franco, forma um governo com membros de todos os partidos monárquicos, mas os escândalos políticos , muitas vezes exagerados pela Imprensa e a acção cada vez mais activa do Partido Republicano, vão tornar inevitável a queda da Monarquia.
D. Manuel II, o último Rei de Portugal
A- O DESPRESTÍGIO (DESCRÉDITO) da Monarquia
O Rei e a Casa Real, não gozavam de uma boa imagem, quer devido a causas externas, quer devido a erros próprios. Assim:
- Ao aceitar o Ultimato da Inglaterra, o Rei D. Carlos, criou perante o povo a imagem de cobardia, de fraqueza.
(Caricatura de Rafael Bordalo Pinheiro sobre o Ultimato)
- A Revolta do 31 de Janeiro no Porto de 1891 ( a 1ª tentativa de derrube do regime monárquico) e a forma como os revoltosos foram condenados, praticamente sem julgamento, ajudaram a criar uma imagem pouco favorável.
( Revolta de 31 de Janeiro de 1891-Porto-tropas municipais fiéis ao Rei bombardeiam os revoltosos na Câmara Municipal)
- Erro político grave, ao dissolver o Parlamento e entregar o poder a João Franco, dando-lhe plenos poderes. Este Ministro vai governar o país em ditadura, o que vai criar um clima de descontentamento e revolta em muitos sectores da sociedade.
(João Franco)
- "Questão dos adiantamentos à Casa Real" dinheiro pedido emprestado (adiantado), para as despesas da família real, o que vai indignar o país a viver em dificuldades.
B - A SITUAÇÃO POLÍTICA
Observa esta caricatura e Lê este documento. Ambos te dão uma ideia da situação de instabilidade política que se vivia em Portugal nos últimos anos da Monarquia.
- O sistema político português era uma Monarquia Constitucional com dois partidos monárquicos que se revesavam no poder: o Partido REGENERADOR e o Partido PROGRESSISTA, mas na década de 1870, formam-se dois Partidos, opositores da Monarquia : o Partido SOCIALISTA ( mais dirigido aos operários, teve poucos adeptos e entrou erm decadência em 1880) e o Partido REPUBLICANO este com grande apoio na pequena e média burguesia, vai utilizar os meios de comunicação para atacar a monarquia e fazer circular as suas ideias, ganhando assim muitos aderentes, mesmo no meio operário.
- A influência de Sociedades secretas ou semi-secretas como a MAÇONARIA e a CARBONÁRIA, que através da propaganda e da violência vão lutar contra o regime monárquico.
Símbolo da Carbonária
Símbolo da Maçonaria
- O poder dos SINDICATOS que mobilizaram os trabalhadores através de manifestações, greves, jornais, contra os governos monárquicos.
Toda esta situação, este clima de instabilidade e descontentamento vai levar a que no dia 1 de Fevereiro de 1908, o Rei D. CARLOS e o Príncipe herdeiro D. Luís Filipe fossem assassinados no Terreiro do Paço. foi o REGICÍDIO
(Gravuras do Regicídio)
Já agora podes ver o seguinte filme do Youtube
ou este:
O trono é ocupado por D. MANUEL II que demite João Franco, forma um governo com membros de todos os partidos monárquicos, mas os escândalos políticos , muitas vezes exagerados pela Imprensa e a acção cada vez mais activa do Partido Republicano, vão tornar inevitável a queda da Monarquia.
D. Manuel II, o último Rei de Portugal
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